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Posted by Daniel Roberto Walker Nicolini | Posted in

Muitos já assistiram ao vivo, uns ao menos viram pela tv, ou rádio, grande parte só ouviu nos grandes filmes e eventos especiais, mas afinal, o que é e de onde é que surgiu a "Orquestra"? O texto que coloco à disposição de vocês refere-se à essa pergunta e me foi útil para o desenvolver de trabalhos e estágios acadêmicos, não é de autoria minha e não sei quem foi o autor, mas compartilho com vocês essa maravilhosa explicação.


De onde vem a palavra "orquestra"?


Para os gregos, "orkhestra" queria dizer "lugar destinado à dança". Como assim? No século V a.C., os espetáculos eram encenados em teatros ao ar livre e "orkhestra" era aquele espaço situado bem na boca de cena, no formato de meia-lua. E era lá que o coro participava da ação, cantando e dançando. Mas, é bom lembrar, era lá também que ficavam os músicos. Muito tempo depois, no início do século 17 mais precisamente, surgiria a ópera, tipo de espetáculo que logo seria comparado ao drama grego. E dessa comparação é que surgiu a idéia de denominar o espaço destinado aos músicos, entre a platéia e o palco, de orquestra. Logo, o que servia para dar nome a um espaço daria nome também ao próprio conjunto de instrumentistas.

Sinfônicas e Filarmônicas

Logo, seria acoplado ao termo orquestra um outro, "sinfônica", que faz referência a uma consonância de sons. Em outras palavras, uma orquestra sinfônica é um grupo de músicos que tocam juntos, em harmonia. E o que seria, então, a Orquestra Filarmônica? Bom, o termo "filarmônica" diz respeito ao sustento de uma orquestra – se ela é filarmônica, então é mantida por uma sociedade de amigos ou uma entidade privada. Em oposição, com o tempo, Orquestra Sinfônica passou a ser o nome de um grupo mantido por uma instituição pública, o governo de um País, de um Estado, a prefeitura de uma cidade. Mas, no final das contas, uma Orquestra Filarmônica também é sinfônica, já que nela os músicos também tocam juntos, em harmonia.

Qual o tamanho de uma orquestra?


O tamanho de uma orquestra pode variar de acordo com alguns fatores, pode ser grande (Orquestra Sinfônica) ou reduzido (Orquestra de Câmara). O critério é a intenção do compositor ao escrever uma peça, suas idéias musicais. É ele que decide quantos e quais os instrumentos necessários. E aí, da mesma forma que as idéias dos compositores são bastante variadas, as formações orquestrais também podem ser. Para uma ópera do italiano Gaetano Donizetti, por exemplo, são necessários entre 50 e 60 músicos. Já em Richard Wagner, algumas peças podem eexigir mais de 100 artistas!

Como se compõe uma orquestra?


Imagine-se sentado na platéia de um teatro, de frente para o palco onde se apresenta uma orquestra sinfônica. Você vai reparar uma certa ordem na distribuição dos músicos. Ela não é, como alguém poderia imaginar, aleatória. Pelo contrário, trata-se de um universo altamente organizado e harmônico, composto de quatro naipes ou famílias de instrumentos:

Maestros


Existe uma piadinha que os músicos adoram contar, a do menininho que, ouvindo uma orquestra, pergunta: "Para que serve aquele cara ali de pé, afinal? É o único que não está produzindo som algum". Gracejos à parte, a função do maestro é fundamental. Há cerca de dois séculos, o seu papel era desempenhado pelo spalla, que comandava os músicos com o ritmo de seu arco. Antes deles, eram os cravistas os encarregados pela união dos músicos. Com o tempo e a evolução da escrita musical, que foi ficando mais complicada e pedindo por orquestras maiores, surgiu a figura do maestro, a garantia de que todos tocariam ao mesmo tempo, no mesmo ritmo e, ainda por cima, com equilíbrio. No século 20, porém, os maestros tornaram-se ainda mais importantes. Não estavam mais ali apenas para marcar o tempo mas, sim, para definir uma interpretação para determinada peça. É o maestro que, após um estudo cuidadoso da partitura, decide como determinada música deve ser tocada. Às vezes, a mesma peça parece outra quando regida por dois maestros diferentes.

  • Cordas
  • Madeiras
  • Metais
  • Percussão


Cada um desses naipes tem suas características específicas. No naipe de cordas, o som ou é fruto do atrito entre cordas retesadas, esticadas, e um arco, ou ainda, os dedos dos músicos (os famosos dedilhados). Já nas madeiras e metais, o som é produzido por meio do ar assoprado pelos artistas. Na percussão, é preciso agitar ou percutir os instrumentos para se chegar ao som. Essas são as características gerais. Vamos, agora, conhecer um pouco melhor cada um dos naipes de uma orquestra.

Cordas


Dos 74 músicos da Orquestra Petrobras Sinfônica, 48 pertencem à família das cordas – o que só mostra a importância que ela tem. Na verdade, os instrumentos de corda são mesmo a base de uma orquestra. E estão divididos da seguinte forma: primeiros violinos, segundos violinos, violas, violoncelos e contrabaixos, além da harpa. Para você visualizar melhor, coloque-se por um momento no lugar do maestro. Do seu lado esquerdo, próximos à frente do palco, estão os primeiros violinos . Ao lado deles, mais para dentro do palco, estão os segundos violinos. A diferença entre os dois grupos não está nos instrumentos, que são iguais, mas nas notas emitidas, em geral mais agudas nos primeiros violinos, o que permite uma maior exploração das possibilidades sonoras do instrumento. Ao seu lado direito, próximos à frente do palco estão os violoncelos. As violas estão à direita deles, mais para dentro. E os contrabaixos bem à direita, ao fundo. É importante ressaltar, porém, que a posição das cordas pode variar, de acordo com o tipo de sonoridade que o maestro ou compositor quer alcançar. Na Filarmônica de Berlim, por exemplo, as violas ocupam o lugar dos violoncelos e vice-versa. Porém, uma possível troca é sempre feita com muito cuidado, para que não se atrapalhe a harmonia na emissão dos sons, como já vimos.

O Spalla

Ao lado esquerdo do maestro está o spalla da orquestra, ou o primeiro violino. Para identificá-lo, fique de olho: ele é o último músico a entrar no palco e, antes de se sentar, comanda a afinação da orquestra. Sua função é muito importante.A origem da palavra é italiana e quer dizer "ombro", o que, adaptado, pode ser interpretado como "apoio". Pois o spalla é justamente o apoio do maestro. É responsável pela afinação do conjunto e também por fazer a ponte, seja nos ensaios ou nas apresentações, entre os regente e os demais músicos. Em algumas orquestras, há mais de um spalla. A Orquestra Petrobras Sinfônica, por exemplo, tem dois: Felipe Prazeres e Antonella Pareschi.


Madeiras


Os instrumentistas do naipe das madeiras são responsáveis pela maioria dos solos importantes e, para alguns maestros, também pela manutenção da afinação de todo o conjunto – e, por isso, sentam-se logo à frente do regente. Quando uma orquestra está se preparando para o início de um concerto, repare que o spalla se levanta e faz um sinal para o primeiro oboísta da orquestra, que emite um LÁ. É a partir desta nota que todo o resto do grupo vai afinar seus instrumentos. A família das madeiras é composta por flautas, flautim, oboés, corne inglês, clarinetas, clarineta baixo ou clarone, fagotes e contra-fagotes.


Metais


Donos de grande potência sonora, os metais ficam atrás das madeiras – assim, não encobrem os sons dos demais instrumentos da orquestra. O naipe é formado por trompetes, trompas, trombones, e tuba.


Percussão


O naipe de percussão está localizado ao fundo do palco. É uma das famílias com maior número de possibilidades sonoras. Muitas orquestras, entre elas a Orquestra Petrobras Sinfônica, tem apenas os tímpanos e um percussionista. No entanto, dependendo da peça interpretada, podem se juntar ao grupo músicos extras, que vão tocar tambores, pratos, bombos, caixas, triângulos, pandeiros, glockenspiel, xilofones, celestas, carrilhões, castanholas, tantãs, chicotes, maracas, etc. E nem sempre é preciso um músico para cada instrumento – o percussionista pode se encarregar de dois ou mais instrumentos.

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